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Um ataque cibernético de grandes proporções contra a empresa de tecnologia C&M Software, que presta serviços a diversas instituições financeiras, causou instabilidade no acesso ao sistema Pix nesta semana e levantou preocupações sobre a segurança digital no setor bancário brasileiro.
Segundo comunicado oficial do Banco Central (BC), o ataque foi informado na quarta-feira (2), e imediatamente medidas emergenciais foram adotadas. Uma delas foi a determinação para que a C&M bloqueasse o acesso das instituições financeiras à infraestrutura de pagamentos operada por ela, o que deixou temporariamente indisponível o Pix para os clientes atendidos por essas instituições.
Embora o BC não tenha divulgado valores, veículos como O Globo e Valor Econômico apuraram, com fontes próximas às investigações, que os criminosos conseguiram desviar entre R$ 400 milhões e R$ 800 milhões de contas de, pelo menos, oito instituições financeiras. A informação ainda não foi confirmada oficialmente.
A Polícia Federal já iniciou uma investigação para apurar os detalhes do caso, enquanto a C&M Software declarou que está colaborando tanto com o Banco Central quanto com a Polícia Estadual de São Paulo. Segundo o diretor comercial da empresa, Kamal Zogheib, o ataque envolveu o uso fraudulento de dados de clientes em tentativas de acesso indevido aos sistemas da empresa.
Apesar da gravidade da situação, a C&M assegura que os sistemas críticos de conexão com os bancos não foram afetados e continuam operando normalmente. A empresa garantiu que todos os protocolos de segurança foram acionados.
Entre os bancos afetados está o BMP, que afirmou à agência Reuters que sofreu acessos não autorizados em contas mantidas no Banco Central, utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária — sem prejuízo direto aos clientes. O banco disse ainda possuir garantias suficientes para cobrir os valores impactados, preservando sua operação e seus parceiros.
Outro banco atingido foi o Banco Paulista, que também teve seu serviço de Pix temporariamente interrompido. Em nota, a instituição destacou que a falha foi externa e não comprometeu dados sensíveis nem gerou movimentações indevidas.
Especialistas ouvidos por agências de notícias afirmam que o ataque expõe vulnerabilidades em instituições que utilizam provedores externos para integração ao sistema Pix. A C&M, por exemplo, atende cerca de duas dezenas de pequenas instituições financeiras — o que amplia o risco de ataques em cadeia.
Segurança em tempos digitais
Desde sua criação em 2020, o Pix se tornou um dos principais meios de pagamento do Brasil, com bilhões de transações realizadas mensalmente. O incidente atual é o maior já registrado envolvendo instituições conectadas de forma indireta ao sistema — o que acende um alerta importante sobre a necessidade de reforço nos mecanismos de cibersegurança, especialmente entre fintechs e bancos de menor porte.
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